A comunhão é uma parte essencial de qualquer pequeno grupo. Meu próximo livro The Relational Disciple (O Discípulo Relacional) fala da maneira como Deus usa a comunhão para moldar os seguidores de Jesus. No entanto, o pequeno grupo não é apenas comunhão.

A maior diferença, na verdade, entre pequenos grupos e outros “grupos pequenos” é a ênfase em evangelismo e multiplicação no pequeno grupo. Essa ênfase não negligencia o relacionamento (comunhão), ela apenas faz com que a o pequeno grupo continue avançando. A visão no pequeno grupo é fazer com que aqueles fora do grupo experimentem a riqueza da comunhão com Deus, e por isso a necessidade de começar novos pequenos grupos. E, é claro, todos os elementos do pequeno grupo (evangelismo, comunhão, crescimento espiritual e multiplicação) devem ocorrer sob o poder e autoridade de Jesus Cristo.

Por que estou dizendo tudo isso? A cada dois meses, visito uma grande livraria cristã em Redlands, Califórnia, compro um livro e me sento em um daqueles sofás confortáveis para ler todas as principais revistas cristãs. Li há algumas semanas na revista Leadership Journal uma resenha com vários parágrafos do livro mais recente de Larry Osborne, Sticky Church (algo como Igreja Grudenta). Osborne, que é pastor de uma megaigreja na Califórnia, criticou veementemente a ênfase da igreja em pequenos grupos na multiplicação do pequeno grupo, afirmando que a multiplicação não funciona, e então concluiu que a razão dos grupos pequenos é a comunhão.

Isso me fez lembrar mais uma vez de como é normal para igrejas como a do pastor Osborne focar a grande celebração como o principal meio de crescimento da igreja, e usar os pequenos grupos como “apriscos” para que as pessoas se conheçam melhor. Há algo de errado com a comunhão? Não. É um aspecto importante da vida do pequeno grupo.

Na igreja em pequenos grupos, entretanto, vemos ao pequeno grupo como a igreja (do mesmo modo que o culto de celebração). Cremos que os membros precisam exercitar seus músculos e alcançar seus vizinhos – não depender apenas do “pregador” para evangelizar. Há muito poucos Larry Osbornes no mundo, e se dependermos deles, continuaremos a perder a batalha entre crescimento populacional e crescimento da igreja. Na igreja em pequenos grupos, os membros são vistos como sacerdotes e encorajados a começar seus próprios pequenos grupos.

Essa ênfase é difícil em localidades seculares, como é o caso nos Estados Unidos? Sim. É muito mais fácil pedir aos membros que apenas focalizem suas próprias necessidades (comunhão)? Ah, sim! Alguns lugares no mundo são muito mais receptivos ao crescimento dos pequenos grupos.

Talvez você esteja ministrando em um desses lugares. Outros são mais difíceis, e os resultados na multiplicação de pequenos grupos são menores (mundo ocidental). Não importa o lugar onde você vive, é melhor enfatizar grupos pequenos HOLÍSTICOS, que transformam seus membros em sacerdotes, estimulando-os a exercitar seus músculos espirituais por meio do evangelismo e desenvolvimento de liderança.

Por Pr. Joel Comiskey